O Moto Club Furões de Vimioso, subiram a todos os pódios e dominaram em Quintanilha.
17 foram os pilotos sócios que se apresentaram na máxima força em Quintanilha e constituíram a uma armada de 10 motas e 7 moto4.
Hugo, Chiquinho, Paulo Geraldes, César, Paulinho, Carlos Rebelo, Vitorino, Tó Pereira, os espanhóis Diego e Pipo aos comandos das 2rodas. Nos quads Sérgio Monteiro, Tiago Afonso, Telmo, Cláudio, e os espanhóis Cristian, Manteca e Pablo.
A chuva que se fez sentir toda a semana deu tréguas e apresentou-se um dia solarengo para um circuito com cerca de 4kms todo ele bastante destroçado com uma passagem de lama com subidas e descidas, que para além de serem muito acentuadas eram pedregosas. Cuidados redobrados durante 1h30m de prova dos Quads e 2h das motos.
Os Quads foram os primeiros a fazerem-se ao alto mar tenebroso!
…na linha da partida e contando com a presença do somente melhor piloto português em moto4, João Vale, Sérgio Monteiro com um bom arranque colava-se aos da frente perseguindo sempre o prestigioso piloto. Mas meia hora volvida e este acabava por ditar a sua superioridade até final da prova. O piloto do club, nas derradeiras voltas sucumbiu às exigências do terreno e cedia assim o 2º lugar ficando-se com o lugar mais baixo do pódio.
“Circuito muito duro que por uma estratégia ou outra não consegui o 2ºlugar que pretendia”.
Tiago Afonso a dois tempos. O regresso do piloto às competições apôs um ano de repouso devido a uma intervenção cirúrgica teve dificuldades a encontrar o bom ritmo. Só apartir da meia hora encontrou um ritmo ofensivo, o que lhe valeu subir ao grupo dos 5 lideres, mas a 20min do final a resistência necessária faltou e acabou por cair para a 6ª posição.
“ estou contente com o meu regresso. Senti dificuldades físicas fruto da longa paragem mas que brevemente voltarei a ganhar o meu ritmo.”
O Espanhol Pablo, aos comandos do Kawasaki, sem qualquer problema seguiu sempre muito cauteloso e num ritmo “cruzeiro” que lhe valeu chegar ao final sem mazelas ou avarias. Garantiu desta forma um …
“muito dura a prova, era mais enduro cross que TT, era preciso ser muito cauteloso porque um erro seria fatal. Mas gostei e a KFX portou-se à altura”.
Os pilotos da classe Q2, o jovem Telmo e o Presidente do Club Cláudio (estreia nas resistênciasTT) aos comandos de uma Suzuki LTZ e um Honda TRX (cedido pelo membro do club António Vara) conseguiram os objectivos da estratégia. Cláudio com uma função de apoio aos restantes pilotos, sobretudo ao Telmo para levar de vencida a classe Q2, foi fundamental quando ao minuto 45 encontrou a LTZ, que liderava já a classe, parada com a decisão de abandono do jovem piloto. Uma avaria eléctrica na Suzuki que rapidamente foi resolvida com ajuda do presidente e conseguir assim que o piloto voltasse arrancar mesmo na frente do outro piloto da classe. Valeu a vitória da classe ao Telmo por longa margem ao segundo piloto da LTZ.
“era um circuito demolidor para os pilotos das “pequenas” Q2. Com quads de origem como o meu e o do Cládio é uma aventura para o físico. Estou muito contente porque consegui impor um ritmo forte e além de vencer a classe, graças ajuda do presidente, consegui terminar á frente das potentes 450”.
Por sua vez o presidente do club refere: já 6 anos que não competia e admito que pensei ser mais fácil! Talvez a escolha da prova não tenha sido a mais indicada e a maquina a melhor, mas chegar ao final com o dever cumprido de ajudar e terminar saio satisfeito e prometo não me ficar por aqui. Desde já agradeço a oportunidade dada pelo António Vara em me ceder a sua fiável TRX.
Os espanhóis Cristian e Manteca foram os azarados nos quads. Manteca, a meia hora de prova, sem qualquer justificação aparente, viu calar seu Suzuki e não conseguindo identificar e solucionar o problema foi obrigado a desistir. Cristian, o piloto da KTM, apôs um mau arranque atacava a cada volta e mesmo tendo partido o cabo do travão traseiro, quando ocupava os primeiros sies lugares, não baixava ritmo até ao momento em que o ressalto de uma pedra partiu a válvula de enchimento do amortecedor da frente obrigando o piloto a desistir ficando sem amortecedor de um lado das rodas.
No que diz respeito às motas, os pilotos do club dominaram de fio a pavio.
24 pilotos enfrentavam as 2horas de provas. Tó Pereira arrancou na frente e impondo a sua velocidade constante e boa gestão que o caracterizam acabou por vencer com distinção.
“quando as coisas correm bem, sei que consigo atingir minhas capacidades.”
Carlos Rebelo, impôs a sua velocidade e agressividade para acompanhar Tó Pereira na primeira meia hora, mas para evitar erros resolveu diminuir o ritmo e defender o 2º lugar perante as ameaças do veterano Paulo Vieira que regressava assim à competição depois do acidente sofrido no III Raid Ibérico.
“ estou muito satisfeito. 2 horas a um ritmo enfreado não é fácil mas consegui resistir e manter o segundo lugar da geral e 1º da classe TT1.”
O piloto de Morais, Paulo Geraldes, fazendo um bom arranque colava-se aos pilotos da frente e optando por uma paragem tardia para um rápido abastecimento conseguiu um brilhante 4º lugar da geral e um 2º da classe TT2.
“ foi uma das minhas melhores provas. Sabia que estava a rodar muito rápido mas nunca imaginei este resultado. O mote para continuar assim.”
O espanhol Diego Huertos muito consistente e persistente conseguiu um 5º lugar da geral aos comandos da sua Honda CRF450x, 3º da classe TT2.
“ terreno muito duro e técnico como eu gosto. Não quis arriscar muito porque sabia que fisicamente iria quebrar, por isso fico contente com o resultado.”
O piloto do Mx, João Vitorino, com uma YZ, mantendo um andamento constante conseguiu um brilhante 7º da Geral e o último degrau do pódio em TT1.
“ a minha onda é mas o cross, mas estas provas servem também para ir treinando o físico e mantendo o ritmo. Foi um bom resultado tendo en conta a minha limitação.”
O piloto da “ligeirinha” 125, César Esteves, sempre a seu ritmo já nos vai habituado a chegar ao fim e aguentando até final as Resistência. Traduz bem a consistência deste piloto ao conseguir o 4º lugar da classe e 13º da Geral.
“Trajecto engraçado mas que pecou pela fraca organização. Não dá mais a laranjinha e o piloto tampouco mas divertiu-se”, gracejou o piloto da KTM 125.
O piloto da SixDays KTM, “Chiquinho” regressou ao andamento que outrora o caracterizando. Muito regular e andamento qb, seguia no grupo do “pelotão perseguidor” juntamento com o malogrado Hugo Rodrigues que essa semana ficou sem a sua Beta por furto, sendo-lhe emprestada uma Suzuki para a prova. Já passava de 1h30m de prova quando na longa descida sofreu um violento despiste que o levou a perder os sentidos. Nesse momento ocupava o 5ºlugar. Foi transportado para o hospital onde permaneceu em observação não lhe tendo sido diagnosticada lesões graves. No entanto
frisou que “ não me recordo de nada, nem de nenhum momento da prova”
Devido a esta situação, o Chiquinho, revoltado pela ineficácia por parte da organização em alertar e dar prioridade a estas situações, como forma de protesto resolveu abandonar!
“Estou incrédulo e frustrado com a falta de organização e discernimento por parte dos elementos da organização que se encontravam no circuito. Muita falta de segurança e socorro, pois a ambulância entrou em pleno circuito e nem foi parada a prova para prestar o devido socorro! Nestas condições eu não corro porque se perde o divertimento!”
O homem da Suzuki, Paulo Gomes, acabou por abandonar por avaria no motor da sua RMZ quando seguia pressionando Hugo Rodrigues e Paulo Geraldes.
“estava determinado atacar na última meia hora e numa oportunidade ultrapassar os meus companheiros que sabia que pressionando iria acontecer. Infelizmente a RMZ cedeu e só parei porque me avisaram do derrame do óleo, pois eu não teria reparado.”
O Piloto da protótipo homemade denominada KatiHusqa, foi o mais azarento na prova. Francisco Dominguez “Pipo” sofreu uma violenta queda logo na segunda volta e teve de ser evacuado para o hospital onde lhe foi diagnosticado um traumatismo no joelho.
“ já um ano que não competia e estava ansioso por uma prava. Não foi o regresso desejado e mais frustrado fico porque foi estúpido da minha parte pois foi numa zona aberta e sem obstáculos. Uma distracção que me custou caro!”
Classificações (apenas há registo da classificação total das motas)
QUADS – Q1
3º Sérgio Monteiro
– Q2
1º Telmo Morais
3º Cláudio Martins
MOTAS – Geral
1º Tó Pereira
2º Carlos Rebelo
4º Paulo Geraldes
5º Diego Huertos
7º João Vitorino
13º César Esteves
17º Paulo Gomes
18º Hugo Rodrigues
19º Chiquinho
24º Pipo
– TT1
1º Carlos Rebelo
3º Vitorino
4º César Esteves
– TT2
1º Tó Pereira
3º Paulo Geraldes
4º Diego Huertos
7º Paulo Gomes
8º Hugo Rodrigues
9º Chiquinho
15º Pipo
Texto: Furões
Fotos: Tó Zé Rodrigues
